80% dos brasileiros são vítimas virtuais.



Um estudo da Norton, divulgado hoje, revelou que 77 mil usuários brasileiros são vítimas diárias de crimes virtuais, como vírus, invasões em redes sociais e mensagens de phishing.

Ao todo, 80% dos usuários adultos já foram vítimas este ano de algum tipo de ataque. Além disso, pela primeira vez, o estudo da Norton calculou o custo do crime cibernético anual no país, que alcança o valor de R$ 104,8 bilhões.

No mundo todo, são 1 milhão de pessoas atingidas diariamente. Anualmente, o prejuízo global é de U$ 388 bilhões, enquanto somente no Brasil esse valor chega a U$ 63,3 bilhões, equivalente a R$ 104,8 bilhões. Ao fazer a comparação dos prejuízos financeiros e tempo perdido, os custos dos crimes cibernéticos no mundo são maiores do que os do tráfico de drogas, cujo custo anual chega a U$ 288 bilhões.

Adam Palmer, consultor líder de cibersegurança da Norton, alertou que o alto índice de crimes virtuais está relacionado à utilização de antivírus mal atualizados pelos brasileiros. "É chocante que 69% das pessoas não mantenham seus software de segurança atualizados".

Além disso, 78% das vítimas de crimes offline e online afirmam que o crime cibernético é preocupante tanto quanto o crime no mundo físico e 69% o considera igualmente revoltante. Aliás, crimes virtuais parecem estar mais comuns do que os offline. Isso porque entre os brasileiros entrevistados, 19% foram vítimas de crimes no mundo físico e 59% de crimes online. 

Quanto a possíveis medidas para diminuir esses índices, Palmer destacou que esse número pode melhorar com a segurança e conscientização, pois as pessoas têm medo do crime cibernético. "Nós estamos tentando aumentar a cooperação global e treinar a polícia; é importante ter as pessoas trabalhando em conjunto, e não só um esforço dos americanos".

Durante o estudo da Norton, foram entrevistadas cerca de 19 mil pessoas em 24 países. Palmer disse que "não é nossa intenção exagerar os números". Ele completou ao dizer que o número é baseado em quando a pessoa reporta que sofreu o dano. Porém, eles não perguntam o que realmente aconteceu, apenas se ela se considera vítima ou não, sem levar em conta a legislação dos países estudados. De qualquer forma, Palmer alerta que "não há dúvidas de que o crime cibernético é real, assim como os desafios para a polícia".

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